Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
ads
O que falta para indicar uma mulher conselheira do TCE-PB?
Compartilhe:
(Foto: Divulgação/Arquivo/TCE-PB)

Após a conclusão do processo de fritura da candidatura do deputado Tião Gomes (PSB) ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), nesta segunda-feira (10), com o anúncio de sua desistência, logo começou uma corrida pela vaga aberta com a aposentadoria compulsória do conselheiro e ex-deputado Arthur Cunha Lima. Com alto salário, estabilidade, boas condições de trabalho, poder e muito prestígio, o cargo é considerado o Olimpo da classe política. É para lá que vão os mais afortunados, e não à toa o posto é tão desejado. Mas desde que Tião largou mão da disputa, vejo que exatamente no mês da mulher, e ainda em meio a tantas cobranças sociais por equidade, não se fala em um nome sequer de mulher a ser indicada por mérito para uma possível vaga de conselheira do TCE-PB.

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), é o nome mais forte para a disputa, seja o próprio ou um indicado por ele, como o irmão, o deputado federal Murilo Galdino (Republicanos-PB). O deputado estadual Michel Henrique (Republicanos) também sinalizou por meio da imprensa que tem interesse no cargo. Outros nomes correm por fora na tentativa de costurar uma candidatura viável. Até aqui, todos homens.

Quem vencer a disputa irá fazer parte da Corte de Contas da Paraíba, que é composta apenas por homens. Vejamos: Fábio Túlio Filgueiras Nogueira (presidente), André Carlo Torres Pontes (vice-presidente), Antônio Nominando Diniz Filho (corregedor-geral), Antônio Gomes Vieira Filho (presidente da Primeira Câmara), Arnóbio Alves Viana (presidente da Segunda Câmara), Fernando Rodrigues Catão (coordenador da Escola de Contas – Ecosil) e Marcus Vinícius Carvalho Farias (ouvidor). Até os conselheiros substitutos são homens: Renato Sérgio S. Melo (ouvidor) e Marcus Vinícius Carvalho Farias (conselheiro substituto).

Se queremos enquanto sociedade falar sobre equidade, é preciso que o assunto seja considerado em todos os espaços de poder. Tenho certeza que na Paraíba há diversas mulheres com trajetória política e capacidade de sobra para serem indicadas ao cargo por mérito pessoal. O grande nó está no fato de tratar-se de um cargo político, pois depende de indicação a ser aprovada pela ALPB. E a política na Paraíba ainda é feita majoritariamente por homens. Há quem diga nos bastidores que a indicação de uma mulher pode vir em nome de uma das filhas de Adriano Galdino.

Compartilhe: