Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
Jornalista, fotógrafo e consultor. Mestre em Computação, Comunicação e Artes pela UFPB. Escreve desde poemas a ensaios sobre política. É editor no Termômetro da Política e autor do livro infantil "O burrinho e a troca dos brinquedos". Twitter: @gesteira.
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Perguntas continuam sem respostas
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“Para onde vai Lionel Messi?” e “Por que Michelle Bolsonaro recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?” são perguntas que seguem sem respostas
“Para onde vai Lionel Messi?” e “Por que Michelle Bolsonaro recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?” são perguntas que seguem sem respostas (Foto: Divulgação/Barcelona e Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Há mais de uma semana, duas perguntas continuam sem respostas. O destino do argentino que ganhou tudo no Barcelona e agora parece encerrar seu ciclo no clube catalão envolve disputa de clubes, sonho de milhares de torcedores e muita, mas muita especulação. Todos querem Lionel Messi.

Entre os clubes que aparecem como possíveis destinos estão Inter de Milão, PSG, Manchester City e Bayern de Munique. O último saiu do páreo, de acordo com seu presidente, o ex-jogador Rummenigge. O alemão chegou a dizer que fica triste com a provável saída de Messi do Barça, pois o craque argentino, na opinião do dirigente do Bayern, deveria se aposentar lá mesmo, onde está.

Concordo com Rummenigge. Messi ainda tem muita bola pra jogar, continua entre os melhores do mundo, é capaz de resolver uma partida, impor ritmo ao time, mudar a cara do jogo. Mas, aos 33 anos, não está mais no auge da carreira. É ídolo incontestável no Barcelona, e sempre será lembrado. A saída dele a esta altura da carreira pode mudar o patamar de Messi na história do clube de “imortal” para ‘apenas’ “ídolo”.

Claro que não se trata somente de dinheiro. Deve pesar para o craque também a insatisfação do momento após a derrota na Liga dos Campeões da Europa. Pode ser que ele esteja considerando também o desafio esportivo de disputar outra liga, morar em outro país, ter novos adversários.

Como ainda não saiu do Barcelona, e o clube catalão trabalha para manter o craque, continuamos a conjecturar.

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Caso se transfira para outro grande clube em busca de novos desafios, Messi será de toda forma o maior de todos que já passou pelo Barcelona. Será lembrado como Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, Romário, porém em um degrau acima. E ficará abaixo de quem se entregou unicamente ao clube, como Puyol.

Pelos gramados virtuais, Messi já apareceu nos mais diversos times, e os prints com as imagens da representação virtual do jogador têm se intensificado nos últimos dias. Até a camisa do Botafogo da Paraíba o argentino já vestiu no videogame.

Se é pra falar de sonho, eu digo que gostaria de vê-lo no São Paulo, jogando novamente ao lado de Dani Alves, repetindo os feitos que os dois juntos conquistaram pelo Barcelona. Em troca o Tricolor poderia mandar meio clube, mais Pato e Fernando Diniz.

Mas se eu fosse gestor da carreira de Messi, recomendaria ao craque que se transferisse para o Newell’s Old Boys, seu clube de coração na Argentina. Ele iria ainda com muito futebol a oferecer, atrairia todas as atenções do mundo para a liga argentina, movimentaria economicamente o esporte no país, gerando desenvolvimento e renda, além de finalmente conseguir a identificação que ainda não tem com sua nação. Mesmo que nunca conseguisse a tão cobrada Copa do Mundo pela Seleção Argentina, Messi se tornaria muito mais do que ídolo. Viraria santo. Idolatria a ponto de ofuscar Maradona.

“Para onde vai Lionel Messi?” no mundo do futebol é quase equivalente à pergunta “Por que Michelle Bolsonaro recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?” para o jornalismo no Brasil. Todos querem saber. Aguardamos as respostas.

Adaptado de texto publicado na edição de 28.08.2020 jornal A União

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