Surpreendendo um total de zero pessoas, Luciano Cartaxo (PT) novamente traiu o Partido dos Trabalhadores. Após sair derrotado de forma vexatória, amargando o quarto lugar no primeiro turno da eleição para prefeito de João Pessoa, o deputado estadual decidiu contrariar a resolução da Executiva Nacional, que determina engajamento no segundo turno em todas as campanhas onde houver enfrentamento contra a extrema-direita, como é o caso da capital, com Cícero (PP) contra o candidato de Bolsonaro, Marcelo Queiroga (PL).
O posicionamento de Luciano Cartaxo era absolutamente previsível, mas não somente por seu histórico como traidor do partido. Sua união com Ruy (Podemos) e Queiroga já no primeiro turno dava o tom desta tragédia anunciada.
Logo após o resultado do primeiro turno, Ruy definiu apoio a Queiroga. Cartaxo só não fez o mesmo porque poderia ser punido dentro do PT. No entanto, sua postura de falsa neutralidade acaba servindo para fortalecer o projeto da extrema-direita em João Pessoa.
O entendimento do partido e de seus filiados é de que a luta é muito maior do que uma disputa entre dois candidatos. Como bem disse ontem a deputada Cida Ramos, a eleição em João Pessoa passou a ser também de interesse nacional: “Nós estamos diante de água e óleo. Estamos diante de dois candidatos: um que até hoje ainda considera que a Terra é plana, que vacina era equívoco, contribuiu para a morte de milhares de companheiros. (…) Estamos diante de uma candidatura que destruiu economicamente, fragmentou as famílias e provocou uma cisão na sociedade”.