Vivemos tempos jamais imaginados pelas gerações anteriores, um mundo conectado, interligado, de novidades constantes e de bombardeio de informações que não conseguimos mais distinguir entre o que é real e o que é fake. Há uma geração que nasceu imersa nas redes sociais e que vive intensamente como se não houvesse algo exterior. Nós, geração de 1980, tem pés em dois mundos: um mundo não conectado e um mundo conectado do qual tivemos que nos adaptar. É inegável a importância das redes e mais ainda, é um caminho sem volta, pelo menos por enquanto.

A internet tem hoje a mesma importância da energia elétrica, onde na ausência ficamos podados e sem conseguir pensar em opções plausíveis de ocupação. Internet e redes sociais se confundem, para algumas pessoas. As redes sociais são a razão de nosso maior tempo online. O que isto que dizer? Estamos definitivamente dependentes de uma nova forma de viver? De uma nova forma de comportamento?

Indubitavelmente a frequência nas redes mudou o modo de pensar das pessoas, seus valores, seu comportamento e sua visão de mundo. Muitos são os que postam compulsivamente e interagem mais nas redes do que na própria casa em que vivem. Algumas pessoas não conseguem ser quem realmente são fora do mundo virtual. São empáticas virtualmente e antipáticas no mundo real. Extrovertidas virtualmente e tímidas no mundo real. Corajosas de um lado da tela e covardes do outro lado do sofá.

Na última segunda-feira, as principais redes sociais utilizadas em nosso país entraram em queda por aproximadamente 7 horas. Pessoas ficaram sem notícias, empresas paradas, vendas não foram confirmadas, aulas remotas não foram ministradas. O que isto quer dizer? Qual a dimensão do poder das redes sociais no mundo hoje? Decerto que são tempos inéditos, nunca na história da humanidade estivemos tão dependentes deste controle das comunicações. É um caminho sem volta? O tempo dirá. Mas a moral da História de hoje é que fora das redes ainda há um mundo real que precisa ser vivido. E você? É real ou virtual?