A militância às vezes descansa e em uma dessas pausas fui fazer uma road trip por MINAS. Aqui registro um pouco da experiência por restaurantes, hospedagens e passeios. Estou incentivando que vocês viajem enquanto a pandemia ainda não acabou? Não! Mas como estamos iniciando o período de flexibilização voltando ao “novo normal” com o avanço da vacinação, essa foi a forma que eu encontrei para lidar com as nuances da pandemia. Sei que não tem mais ninguém em isolamento domiciliar absoluto, e que cada um está lidando com a volta ao contato social à sua forma. Viajar é a minha forma, usando máscara, álcool em gel e o máximo de distanciamento social possível.
Meu voo saiu de Recife para Belo Horizonte, comprei ida e volta assim, pois pretendia fazer o percurso de BH (mais para Norte e Oeste) até Juiz de Fora (mais para sul e Leste) passando pelas cidadezinhas que estão nesse trecho e depois fazer o percurso de volta fazendo mais algumas pausas, mas não foi bem assim (risos). A viagem teve uma série de adaptações para que se adequasse às necessidades de todos os viajantes e aos horários das atrações. Acho que o mais inteligente seria o voo da ida de Recife para BH, percorrer as cidadezinhas, terminar a viagem em Juiz de Fora e na volta, pegar o voo do Rio de Janeiro para Recife, mais perto, mais fácil e mais barato (o trecho Recife-RJ tem muitas opções de voos e, em geral, são mais baratos). A parte ruim disso é que pegar o carro em BH e devolver no Rio é mais caro do que pegar e devolver em BH, aí tem que ver o que vale mais a pena para você.
Para fazer a road trip com carro alugado, recomendo que vocês aluguem on-line, mas deixem para colocar o seguro presencialmente, na locadora, assim você consegue negociar bons descontos e upgrade no modelo do veículo. A locadora mais barata entre as várias que pesquisei foi a locadora FOCO, e o preço da gasolina em Minas cresce em direção Leste, ou seja, quanto mais em direção a JF você for, mais caro vai ficando e quanto mais perto de BH, mais “barato”. Para quem for usar a área VIP do aeroporto: a de Recife fechou, a do aeroporto de Confins está funcionando, mas achei muito simples.
No @baixagastronomia você encontra muitas dicas legais sobre o MC, algumas delas: vá no Rei do Torresmo comer a Lagosta Mineira (um pedação de torresmo que lembra o formato de uma patola de lagosta); caminhe pelos corredores do mercado e vá provando as delícias, tem muitas opções de doces, alguns locais oferecem prova e também vendem em porções pequenas, não deixe de provar o doce de mamão com queijo Minas. O passeio no MC vale muito para experimentar os sabores de Minas, também para quem pretende comprar produtos para trazer.
Onde se vende o melhor Pão de Queijo do mundo! É uma lanchonete de sanduíches em que o pão é substituído por pão de queijo, eles têm um ketchup de goiabada maravilhoso!
O renomado estilista Mineiro que dá nome ao local reuniu em um ambiente super charmoso uma mistura de café, lounge, casa de recepção, loja, show room. A decoração do local é encantadora, ideal para ir no fim da tarde sentar, tomar um café e aproveitar para levar uma peça dele.
Acho que foi meu lugar preferido de BH. O mercado que, apesar do nome, não tem nada de novo, é um ambiente super descolado com bares cheios de personalidade e que trazem a culinária Mineira em um ambiente simpático, vintage e acolhedor, conta ainda com lojas de antiguidades como o Brechó Belle Époque, cafés e restaurantes.
Sorvetinho Italiano delícia com casquinha recheada de brigadeiro de chocolate Belga na região da Praça da Savassi, aí você aproveita e dá uma voltinha, tem várias lojinhas para conferir.
Ainda na região da Savassi, fica a Adô, uma loja de couros Brasileira com produtos de altíssima qualidade, desbancando marcas tradicionais famosas nacionalmente, com o diferencial de ter um design próprio super estiloso. Vale a pena a visita!
Outro lugar que está entre os queridinhos de BH é o Glow, salão comandado pela Flávia Pinho, de quem eu sou fã, com um design belíssimo, atendimento perfeito e de super qualidade, recomendo fortemente um dia de princesa lá.
A principal atração da cidade é o Museu do Inhotim, maior Museu de Arte Contemporânea a Céu aberto do mundo! Tem esse nome por causa do antigo dono da propriedade, um inglês, o Senhor Timothy (ou Inhô Tim).
Ouro Preto tem um clima próprio! As cidades ao redor nem sempre estão fazendo frio, mas lá a temperatura é sempre mais baixa, acredite na previsão do tempo!! Muito úmida, chove o tempo todo. Se você for precisar lavar roupa, não lave lá porque não vai secar. Leve guarda-chuva, capa de chuva, casaco com capuz e sapato apropriado (eu acabei comprando uma galocha porque não aguentava mais andar no frio com o tênis todo molhado). As ruas todas são ladeiras, vá com preparo físico, porque a comida é muito boa então a regra da viagem é: bucho cheio subindo ladeira a pé. Dica de ouro: não tentem subir as ladeiras de pedra sabão de carro na chuva, vai deslizar!
Restaurante mais famoso de OP, realmente parada obrigatória, a comida é deliciosa, há muitas opções de cervejas regionais e o local é lindo.
Outros restaurantes que valem a visita: Casa do Ouvidor e Escadabaixo Bar Cozinha.
Quem gosta de turismo religioso vai amar! Nessa Igreja está reunida a maior quantidade de obras de Aleijadinho, todo o entalhe em madeira da igreja foi feito por ele e em pedra sabão também. Além disso, possui o teto pintado pelo Mestre Ataíde, sendo considerado o segundo teto mais bonito do mundo, perdendo apenas para Capela Sistina.
Outro point religioso da cidade, a Basílica é belíssima, cheia de ouro.
Estive em Mariana rapidamente, fiz um passeio na Mina da Passagem, que apesar de muito interessante, foi caríssimo, a entrada custa R$120 inteira, mas alguns dias da semana sai por R$90. A Mina da Passagem é a maior mina aberta à visitação do mundo, são 7 andares para baixo, sendo os 5 mais profundos alagados, disponíveis para mergulho. A parte aberta ao público tem profundidade de 120m, mas no total são 360m abaixo do solo. Um ponto negativo é que a mina é privada, então você paga um passeio em local que deveria ser patrimônio da nação, mas tem um “proprietário” que enriquece com isso, prática comum em vários locais turísticos espalhados pelo país, porém que me incomoda.
Recomendo o almoço no Sinhá Olímpia, comida mineira gostosa, muito bem servida, as porções são grandes!
São João é conhecida como A Capital Brasileira das Artes Sacras e realmente se respira arte por lá. Estive hospedada na Galeria Adro, que sim, é uma galeria de arte, mas no interior tem um Airbnb, achei muito charmosa e fui muito bem recebida, super recomendo.
Doceria/Café que tem uma decoração linda, ideal para uma visita no fim da tarde, um cafezinho e guloseimas.
Jantar em um ambiente agradável, recomendo que sentem do lado de fora para apreciar a cidade.
Vilarejo dentro de uma zona rural de Minas, próximo a Tiradentes, super charmosa, cheia de arte por todos os lados: esculturas em pedra, madeira…
É a principal atração de Bichinho. Uma gracinha, mas não abre todos os dias.
Em JF fiz um super pub crawl para conhecer os bares da cidade, que são muitos! A cidade em si me lembrou muito Campina Grande. O Mirante do Morro do Cristo tem uma vista linda da cidade, O Museu Mariano Procópio estava fechado para reforma, mas deu pra conhecer o parque que o rodeia. Outros lugares que eu gostaria de ter ido, mas estavam fechados: Museu Murilo Mendes, Memorial da República, Biblioteca Municipal, Espaço Cultural Bernardo Mascarenhas. Diante disso, vou destacar a parte gastronômica:
Conclusões: