Foi preciso o secretário municipal de Saúde da capital, Fábio Rocha, elevar o tom para fazer a população de João Pessoa entender que a grave situação da pandemia causada pelo novo coronavírus não escolhe condição social, raça, muito menos credo.
Para quem já vinha sob pressão, pois não é pouca coisa gerir a pasta da Saúde em meio ao caos de uma pandemia, a declaração dada em entrevista a respeito de um culto específico, aonde havia clara aglomeração, causou um rebuliço desproporcional.
Há quem queira interpretar a fala de Fábio Rocha como um ataque direcionado a grupos religiosos, mas ficou claro que não é o caso, pelo contrário.
O gestor foi combativo, sim, na medida exigida pela crise sanitária e deu um sinal evidente de que no enfrentamento à covid-19, o tratamento dado pela Prefeitura de João Pessoa será isonômico, tendo a saúde pública como foco.
Não importa se é católico, evangélico, espírita, umbandista, ou mesmo ateu; tampouco se torce por Belo, Auto Esporte ou CSP. Para o cidadão de João Pessoa, ou quem não nasceu aqui, mas escolheu a cidade como lar, a prioridade da prefeitura no combate à covid-19 deve uma só: salvar vidas.