O cenário para a disputa presidencial em 2022 está posto e muito bem polarizado entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tentará a reeleição, e o ex-presidente Lula (PT), que aparece em todas as pesquisas de intenção de voto bem à frente do atual ocupante do Palácio do Planalto. É possível que surja uma terceira via, no entanto, nenhuma pré-candidatura até agora mostrou força para enfrentar os dois principais postulantes ao cargo de presidente.
Na Paraíba, apenas dois se colocaram como pré-candidatos: João Azevêdo (Cidadania), evidentemente, à reeleição, e Romero Rodrigues (PSD), indicado pelo grupo Cunha Lima. O candidato de oposição ao governador terá o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Romero não esconde que é bolsonarista, anda pra lá e pra cá com camisa da Seleção Brasileira e deve atrair o eleitorado conservador, junto com os demais simpatizantes da extrema-direita.
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João tem tudo para receber o apoio de Lula. Apesar de ser um político de centro, não flerta com o bolsonarismo, mesmo tendo bolsonaristas como Aguinaldo Ribeiro (PP) e Efraim Filho (DEM) por perto.
Nos bastidores, há indícios de que em vez de apoiar uma das candidaturas postas na Paraíba, Lula tenha sua própria chapa majoritária, bem à esquerda.
Ricardo Coutinho (PSB) já vem em clima de namoro e deve voltar ao PT. Mesmo não sendo uma unanimidade no partido, recebeu o apoio de 113 integrantes que assinaram manifesto, dentre eles o presidente estadual Jackson Macêdo.
Outro que deve voltar a compor chapa com o PT é o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV). Até bem pouco tempo se especulava que Cartaxo sairia candidato a deputado estadual. A movimentação dele nesta semana, em Brasília, mostra caminho para disputa majoritária, não se sabe se candidato a senador ou vice-governador.
A surpresa pode ficar por conta do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB). O que se comenta nos bastidores é que o atual vice-presidente do Senado Federal poderá encabeçar a chapa da esquerda e ser o candidato de Lula na Paraíba, com Cartaxo de vice e Ricardo para o Senado.